Viajei para o Peru nas minhas férias de março de 2019 e fiquei três dias em Lima, para conhecer a capital desse país de povo tão acolhedor.

Lima é banhada pelo Oceano Pacífico, numa região desértica, quase sem chuva. Pela primeira vez contemplei esse oceano.
Seu trânsito é caótico, os motoristas usam muito a buzina. Vi moto andando sobre calçadas, congestionamentos e mesmo com o sinal de travessia de pedestre verde, tome cuidado para não ser atropelado. Para me locomover, usei a empresa Cucho Tours, que tinham carros novos com motorista em frente ao hotel, assim me senti mais segura. Meu motorista foi o Luís, que me falou muito sobre o Peru. Os táxis em Lima, que você vê normalmente nas ruas, são carros muito velhos, assim como os ônibus.
Fiquei hospedada no bairro de Miraflores, região com muitos hotéis e restaurantes. Nesse bairro está o Malecón, um calçadão, muito bom para fazer caminhada e apreciar o oceano. Lima fica sobre uma falésia e esse calçadão está no alto. A cidade possui cancelas, pois no caso de alerta de tsunami, elas abaixam, para que a população não acesse a parte inferior da cidade. Sim, no Peru existe a possibilidade de terremoto.
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Malecón |
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Malecón |
Fui passear no Larcomar, um elegante shopping a beira mar, no Malecón, onde se tem uma bela vista do oceano Pacífico.
O Centro Histórico de Lima é bem preservado e foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade em 1988. A cidade foi refundada pelo espanhol Francisco Pizarro, em 1533, após dominar o povo inca. Na Praça das Armas ou Praça Maior está a Catedral do século 16, Palácio Episcopal (1922), o Palácio do Governo (1938), residencia do Presidente do país, Palácio Municipal (1944) e o Palácio de La Unión (1942). Essas construções, embora novas, parecem muito antigas, porque dos anos 20 a 40 estava na moda a arquitetura neocolonial.
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Catedral |
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Palácio Episcopal |
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Palácio do Governo |
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Palácio La Unión |
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Fonte na praça |
Pertinho do Palácio Episcopal, na Jirón Ancash, está a Casa da Literatura Peruana, instalada numa antiga estação ferroviária. Possui um museu, uma biblioteca e exposições. Um lugar agradável para visitar.
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Antiga prensa |
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Detalhe do teto do edifício |
Na rua jirón Ancash também está o Museu e Catacumbas do Convento São Francisco (1546). No Convento há uma Biblioteca com 25 mil textos, entre eles uma Bíblia de 1571-1572. Na última parte da visita guiada, descemos para as catacumbas, que cheiram a mofo, onde vemos muitos ossos bem preservados. Li que umas 75 mil ossadas estão nessas catacumbas.
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Convento |
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Catacumbas - sub-solo |
Vi o Estádio Nacional de Futebol do Peru por fora, uma construção moderna e enorme.
Em Miraflores, a poucas quadras do hotel Britania, onde me hospedei, está o Huaca Pucllana, um sítio arqueológico do período pré-inca, onde se acredita que no século 5 era usado para sacrifícios humanos, especificamente de mulheres. Os sacrifícios eram feitos para acalmar os deuses. A área possui 150 mil metros quadrados com uma pirâmide, que está resistindo a vários terremotos no decorrer dos séculos. Esse lugar começou a ser restaurado apenas em 1981. Infelizmente estava fechado no dia que fui, mas mesmo da rua, deu para ver a grandeza da construção.
O Mercado é sempre um lugar interessante a visitar. Fui passear no Mercado 1 de Surquillo, onde encontrei produtos regionais.
Passei rapidamente pelo boêmio bairro de Barranco, fundado no século 19. Lá está a famosa "Ponte dos Suspiros", construída em 1876, que inspirou a canção "El puente de los Suspiros", de Chabuca Grande. Diz a lenda que se você atravessar a ponte sem respirar, todos os seus desejos serão realizados.
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Igreja |
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Ao fundo a Ponte dos Suspiros |
Não podia faltar o passeio de compras. O bairro de Miraflores possui uma rua, Calle Petit Thouars, com muitas lojas de artesanato, mas precisa pesquisar os preços antes de comprar.
Lima tem muitos lugares para conhecer. Veja minha postagens sobre os parques e museus.
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Uma cervejaria bem bacana |
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