Chinchero e a tradição do tingimento de lã
Conheci Chinchero em 2019, um povoado peruano onde as mulheres se vestem com trajes típicos, falam quéchua e fazem o tingimento da lã de forma artesanal.
Chinchero está a 3.754 mil metros acima do nível do mar. Um lugar que mantem as tradições incas, com comunidades texteis onde as mulheres tingem a lã de vicunha, alpaca, ovelha e lhama, produzindo lindas peças em seus teares manuais.
Antes do turismo intenso na região, essas peças originais eram vendidas nos mercados, mas hoje houve uma invasão de produtos sintéticos nesses mercados. Então, tome cuidado ao comprar, se você quer um produto de lã original.
Visitei duas comunidades de tecelãs e na chegada das duas, fui recebida com uma caneca de chá de coca, para ajudar a se acostumar com a altitude. As fotos aqui publicadas são das duas visitas. Um passeio que precisa estar no seu roteiro de viagem.
Adorei ver as alpacas, as lhamas, as vicunhas e poder fazer belas fotos. Conhecer a região dos Andes do Peru foi um banho de cultura.
Nos dois lugares, simpáticas e lindas moças foram explicando todo o processo de fiar e o tingimento da lã com corantes naturais, como: casca de árvores, plantas, pigmentos minerais e outros. As cores e a variedade de tonalidades são de impressionar.
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Processo de fiar |
No processo, a lã da tosa é lavada em água quente e ensaboadas com a raiz de um cacto.
No processo de tingimento é usado um parasita que fica nos cactos, a cachonilha, que dá o tom vermelho e até é usado nos lábios como batom. Limão e sal também dão tonalidade a cor da lã.
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Parasita cachonilha |
Foi possível comprar produtos feitos pelas comunidades. Dizem que é bom negociar o preço, mas eu paguei o que me pediram.
Fiquei encantada e agradecida por ter a oportunidade de conhecer esse processo artesanal. Ter contato com essa tradição dos andinos, é algo imperdível em sua viagem ao Peru.
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