Na minha visita à cidade de Belém, além de conhecer a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, também dediquei um tempo para ver o Memorial de Nazaré e o Museu do Círio.
O Círio de Nazaré é uma manifestação religiosa tombada como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. São múltiplos eventos em homenagem à santa, como Transladação, Romaria Fluvial, Auto do Círio, etc, sendo seu auge a Procissão do Círio. O Memorial e o Museu são espaços muito interessantes e me proporcionaram momentos de emoção na fé católica à Nossa Senhora de Nazaré.
MEMORIAL DE NAZARÉ
Um local que me causou comoção foi a visita ao Memorial de Nazaré, na mesma praça onde fica a Basílica, ao lado da Casa de Plácido. Sua exposição permanente conta a história de fé e devoção à Santa. A visita foi guiada por monitores bem simpáticos.
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Porta de entrada |
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Sala de exposição |
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Réplica da Basílica revestida em corda |
Na Procissão do Círio de Nazaré, os fiéis carregam sobre a cabeça objetos referentes a pedidos ou agradecimentos à santa. Ao final, esses objetos são deixados pelos devotos na Basílica e depois levados para esse Memorial.
Estão expostos no Memorial alguns dos mantos utilizados na imagem de Nossa Senhora de Nazaré nas festas do Círio.
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Manto da imagem |
Nessa visita também conheci o local onde os romeiros mais carentes são recebidos para o Círio. Os monitores disseram que grande parte da população de Belém se mobiliza com doações de alimentos, produtos de higiene, colchões, etc. para ajudar, ou seja, chegam de sacolinha de supermercado a caminhões doados pelos mais abastados. Além disso, muitas pessoas fazem trabalho voluntário durante o evento.
MUSEU DO CÍRIO
Na Cidade Velha, visitei o Museu do Círio, criado em outubro de 1986 e reinaugurado em dezembro de 2002, fazendo parte do Complexo Feliz Lusitânia.
Fiquei emocionada com o documentário sobre a fé dos devotos que participam dessa festa e que disputam um local na corda, que é o símbolo máximo da romaria. A corda começou fazer parte numa festa no século 19. Uma enchente na região do Mercado Ver-o-Peso fez a Berlinda (carruagem que leva a imagem) atolar e os cavalos não conseguiram desatola-la. Um comerciante pegou uma corda e os devotos puxaram a berlinda, passando assim a ser tradição e manifestação de devoção em todos os Círios. Segundo o documentário, participar da corda trás muitas dores físicas, que são superadas pela devoção.
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Um pedaço da corda |
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Os devotos levam objetos sobre a cabeça durante a Procissão |
O Museu do Círio é pequeno, com ex-votos em exposição e uma réplica de Nossa Senhora de Nazaré. O espaço não abre as segundas-feiras.
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