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Paranapiacaba e os trilhos na Serra do Mar - passeio de trem - São Paulo - Brasil

Pertencendo ao município de Santo André, Paranapiacaba surgiu em 1867, devido a construção da estrada de ferro na Serra do Mar. Fica aproximadamente a 1:30 hs. de São Paulo, no topo da Serra do Mar, numa região de muita neblina.


A vila de Paranapiacaba é tombada pelo IPHAN e eu cheguei lá indo de trem da estação do Brás até Rio Grande da Serra, onde peguei um ônibus (uns 10 minutos).


trem na estação de Rio Grande da Serra

Esse local tinha o nome tupi "Paranã Apiaca Aba" ou seja "lugar de onde se vê o mar".


O ônibus até a vila para próximo a Igreja de Bom Jesus, de 1889. Ali encontrei casinhas bem antigas, onde moravam os portugueses.



Casa dos portugueses

Atravessei a passarela para a parte histórica, onde moraram os ingleses e na Rua Direita peguei o meu livreto turístico. A vila conta com algumas pousadas, mas somente uma com suítes ( a Pousada Milenar). Você terá opções de vários restaurantes, cafés e algumas lojinhas espalhados pela vila.
Vista do local onde moravam os portugueses
Rua Direita
Casas padronizadas - lado inglês da vila Paranapiacaba
Casas padronizadas dos operários
da estrada de ferro

O que ver em Paranapiacaba

Clube União Lyra Serrano  

A Sede é de 1930, local onde haviam espetáculos, bailes e projetavam filmes. Também tem um espaço com os troféus ganhos pelo time Serrano de futebol. Aproveite e tome um suco de cambuci no Café Lyra, uma delícia, além do atendimento simpático do pessoal.




Antiga bilheteria

Projetor

 Cambuci




CDAU (Centro de Documentação em Arquitetura e Urbanismo)  

Exibe maquetes e informações sobre a formação urbana da vila do final do século 19 ao início do século 20.





Castelo 

No alto de uma colina, uma construção de 1897, em estilo vitoriano com 16 cômodos, está a residência do inglês engenheiro-chefe da ferrovia, que observava das janelas as obras e os funcionários. Da janela do andar superior dá para avistar Cubatão. A visita é monitorada, onde é explicado o início da vila, a construção da estrada de ferro, lendas locais e o ingresso custa só R$ 3,00. Vale a pena !






Vista da vila de uma das janelas do castelo


Largo do Padeiro   

Nesse local tinha um galpão onde os padeiros aguardavam o embarque dos seu produtos, que iriam para os trabalhadores que estavam ao longo da via férrea na Serra do Mar. Hoje no local tem vários quiosques que vendem lanche.

Pau da Missa  

Um eucalipto utilizado para colocar avisos das missas de 7º dia.




Museu Funicular  

O sistema ferroviário para descer a Serra do Mar era composto por máquinas fixas, cabos de aço, que tracionavam a subida e descida de cargas e pessoas. No museu você encontra vários objetos ferroviários e parte de uma máquina fixa, além de vagões de trem e o locobreque.



Máquina de costura- revestimento dos bancos dos trens


Maquina fixa


Locobreque



Estação de trem 

Em estilo vitoriano, com torre do relógio. Inaugurada em 1874, sendo seu primeiro relógio fabricado em Londres por Johny Walker Benson. No início, a estação tinha o nome de "Alto da Serra" e em 1945 passou para "Paranapiacaba".  Ocorreu um incêndio criminoso em 1981 e o relógio da torre foi trocado, após a reconstrução da mesma. Aos domingos tem um passeio da Maria Fumaça.



Museu ao céu aberto




Trilhas 

Não era meu objetivo fazer trilha na Mata Atlântica, mas não resisti e fiz um pequeno percurso.



Nascente de água  

A nascente fica próxima ao Largo do Padeiro. Aproveite para encher seu squeeze ou garrafinha com água mineral.



Curiosidades:

1- passei por uma casa que vendia sorvete de cambuci e fui atendida na cozinha da residência. Isso que é atendimento doméstico! E o sorvete, uma delícia !


2- na 2ª semana de abril tem o Festival do Cambuci, com muitas gostosuras feitas com essa fruta.

3- A vila tem várias estórias de assombração. Uma delas conta que o filho de um engenheiro-chefe inglês se apaixonou por uma moça pobre, portuguesa e católica. Um amor impossível. Os jovens marcaram o casamento e no dia, o pai do jovem inglês descobriu e o impediu a ir ao seu matrimônio, trancando o noivo na adega. Abandonada no altar, a noiva pegou o primeiro locobreque e se atirou no precipício. Nunca seu corpo foi achado e a partir desse dia, uma densa neblina cobre a vila, é o véu da noiva.

Dica :

. Vá de tênis ou sapato confortável, pois a maior parte das ruas na vila não são pavimentadas.


Paranapiacaba é uma ótima opção de passeio de um dia, um bate-volta para quem reside na região de São Paulo.





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